Não controlamos o que temos à nossa volta. Muito menos o que vai dentro de nós. Podemos apaixonar-nos pela pessoa errada, mostrar medo no lugar da confiança, sonhar que estamos a comer limões como se fosse a coisa mais doce do mundo e criar palavras, histórias, romances e poesia ao adormecer. O que me acontece constantemente. Quando a minha cabeça termina a tarefa das intermináveis listas para o dia seguinte (e ainda não sou mãe, imagine-se depois!), depois de imaginar e desenhar os novos roupeiros, tentar chegar ao tom ideal das almofadas da sala e ainda decidir com o que completar as prateleiras da estante, heis que começa a verdadeira inspiração. Com um pé neste mundo e o outro já do lado dos sonhos, crio personagens, citações inéditas sobre tudo e sobre nada, escrevo toda a trama de um romance e ainda corrijo vírgulas e acentuação. Lembro-me ainda de tentar vencer o sono e a preguiça, o frio e o desconforto e fazer a intenção de me levantar da cama e ligar o computador num segundo para passar tudo ao concreto. Mas acabo sempre por desistir. Marco uma frase com força na minha cabeça, mas no dia seguinte foi tudo ao ar.
Até que vi estes maravilhosos notebooks e fez-se luz para a solução do meu problema. Agora é ter um a postos ao lado da cama e tentar arranjar forma de ter luz sem acordar o meu amor.
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