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Parar o tempo

Este post está uma semana atrasado. Há uma semana que quero sentar-me, partilhar convosco um bocadinho de mim, mas não consigo. É a vida a acontecer. São as madrugadas geladas com a Sushi nesta fase de "desfralde", é o pequeno almoço a correr, são os quilómetros de trabalho a correr, é chegar e nova tentativa de "desfralde", é limpar, é responder a emails, é enviar relatórios diários, é fazer telefonemas, é preparar as visitas do dia seguinte. Janta-se, limpa-se a cozinha, mais um passeio nocturno e finalmente o sofá. Podia escrever no sofá, podia. Mas a essa hora os meus dedos já não comunicam com  meu cérebro e toda e qualquer coisa que possa dizer são monossílabos. Acontece comigo, connosco, acontece com toda a gente. É a rotina dos dias, a maturidade a crescer a olhos vistos. Não há tempo. E devemos ser felizes com isso? Devemos, simplesmente, parar de nos debater, aceitar, e viver sem tempo para fazer o que nos faz felizes?

No domingo passado conseguimos parar o tempo por umas horas. 
E fomos felizes a fazer o que mais gostamos.





Passámos o primeiro mês de casamento longe um do outro, aproxima-se mais um dia 19 em que não voltaremos a estar juntos. Decidimos então marcar um fim de semana em Paris só para nós, há cerca de duas semanas. Queriamos conhecer Paris, de mãos dadas, vestida de luzes de natal. Paris está em guerra. Em vez de luzes, se formos, vamos encontrar sofrimento.
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