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Dar tempo ao tempo

A nossa lista não tem fim. Tem muitas letras e muitas imagens. Muitos estados de espírito. Muitos quilómetros. Mas é nossa. Preenche-nos os serões e as viagens de carro. Preenche o vazio do dia-a-dia. O meu medo é que esta vida não seja suficiente. Que fique a meio. Medo de desperdiçar os dias com futilidades e as noites mal dormidas com sonhos desfeitos. Mas só assim fazemos sentido. Os teus planos e os meus. Lado a lado. O Japão e a América do Sul. A mochila às costas e a máquina analógica. Os azulejos da cozinha e a comida vegetariana. A Costa Rica e o marisco em Cabo Verde. A casa no Parque das Nações e nas Avenidas Novas. Os dois cães e um jardim. O casamento num Palácio e três bebés. Os fins de semana na costa alentejana e as corridas no paredão. A plantação de canónigos e as ilhas Gregas. Tantos sítios para conhecer, tanto por onde crescer. Tanto para viver. Por favor tempo, abranda. Tanta pressa para quê?


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