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NY, the end







Passa-me pela cabeça viver aqui enquanto engulo com prazer os cachorros quentes mais famosos do mundo no Grays Papaya. Ninguém olha duas vezes para a mixórdia de gente nas ruas. Está tudo concentrado nos seus pensamentos. Ou onde vão comprar o próximo balde de café. Todas as mesas, lojas, passadeiras, bancos de jardim, estão ocupados. Há arte em todo o lado. Há coisas bonitas em todo o lado. Páro vezes sem conta a meio das passadeiras para fotografar as avenidas que se estendem até ao fim do mundo. Na sombra das fachadas de tijolo juntam-se rulotes de pizzas, cachorros, hamburgueres, pipocas com os mais variados sabores. Está tudo condicionado nesta ilha. As galerias de arte são apaixonantes. As lojas são alternativas e discretas. Na cidade dos extremos, dos radicalismos, de milhares de culturas que vivem em sintonia, não há maior discrição. Ninguém sobressai, ninguém chama a atenção. Tudo é certo. Tudo é normal. Não há espaço para narizes empinados e juízos de moral. Podemos comer pipocas ao pequeno-almoço, acompanhadas de diet coke. Misturamo-nos no meio da massa de pessoas que aqui vive. Há uma normalidade implícita. É a nossa segunda casa, de tão confortável que é. Onde existe liberdade para sonhar e onde tudo pode ser concretizado. NY I'm in love with you. E agora fazes parte da minha vida de uma forma tão especial. Nova Iorque, onde fui pedida em casamento. Onde começa a nossa história.


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