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Longe da cidade, perto do coração

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 



O meu amor faz-me as melhores surpresas. Aquelas que ficam gravadas em imagens e no coração durante muito, muito tempo. Possivelmente para sempre. Obrigou-me (como se eu fosse estivesse muito contrariada) a fazer a mala de fim-de-semana, a levantar-me com as galinhas no sábado de manhã e deu-me três coordenadas GPS. Andamos por estradas de terra, perdidas no meio deste país que é o mais bonito em que já estive (e tive a sorte de nascer nele), comemos o melhor arroz de tamboril da vida, e chegámos aqui. Longe dos olhares indiscretos das grandes cidades, como gostamos, longe das preocupações que o dia-a-dia faz questão de nos trazer, longe das desavenças, do cansaço. Um sítio cheio de mimos, cheio de imagens para encher a máquina fotográfica, cheio de bem-estar, de livros de decoração que queria trazer para casa, cheio de sonhos e silêncio, cheio de promessas para o nosso futuro, que tem de ser cheio de nós os dois.
 Em S. Teotónio, a Cerca do Sul.
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