Há felicidade na minha vida. E é tão bom reconhecer o que nos arranca um sorriso imediato aos lábios de um momento para o outro. Aquilo que nos arrepia de ternura, que nos aquece a alma, que nos bombeia o sangue mais quente para o coração, que nos faz sonhar e imaginar um mundo melhor. Há que saber quais são os nossos momentos felizes. Momentos onde somos maiores que os outros. Mais confortáveis, mais seguros, mais leves. Momentos que nos trazem serenidade no meio do caos ou nos provocam a euforia da excitação de coisas boas que se aproximam. Como aquele formigueiro na ponta dos dedos que nos leva a querer apressar o tempo e passar por cima das horas lentas e impávidas ao nosso entusiasmo. Se há coisa que me faz querer levantar da cama de um pulo é saber que tenho uma manhã pela frente de chuva lá fora e revistas novas para ler a acompanhar um pequeno- almoço-até-ao-almoço. E para mim, não há melhor pequeno almoço do que aquele que inclui um galão. Pode ter tudo e mais alguma coisa, mas o galão não pode faltar. Infelizmente o galão até há bem pouco tempo era coisa que não se fazia em casa. Mesmo indo a um café não poderia bebê-lo porque o meu querido organismo iniciou um divórcio litigioso com a lactose há uns anos e a coisa culminou numa procura incansável de leites e produtos lácteos que me fizessem feliz. Mas onde encontrar um café com leite sem lactose? Impensável. Até que, como por milagre, os pacotinhos de galão Nestlé entraram nesta casa. E já não passamos um sem o outro. E isto é paixão à séria.
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