É como aquelas músicas que não param de tocar baixinho dentro da nossa cabeça. Se baixamos o volume de som ao mundo conseguimos ouvi-las. Estão sempre lá. Seja no momento em que escovamos os dentes, esperamos que o bolo cresça no calor do forno, fazemos zapping, sentamo-nos na cama em frente ao roupeiro aberto à espera da intuição para o que vestir, esperamos na fila do supermercado para pagar ou acabamos de enviar um email. É nesses momentos que se sente aquele frio no fundo do estômago. Aquela voz baixinha, em jeito de confissão, que nos diz que pode correr mal. Que a decisão está tomada mas não se fica por aí. Que sermos sinceros connosco vale tudo, mas tomar a decisão é o princípio do resto. Há o alívio e a dúvida. A segurança e a indecisão. Como o doce e o salgado num prato gourmet. Não existem uns sem os outros. É preciso ir buscar força para acreditar, para suportar o peso da decisão que ninguém está à espera, de admitir que queremos ser felizes. É tempo de fazer figas e parar para ouvir o coração.
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