Gostava de começar sentada. Sim, é isso mesmo. Sentada. Sem grandes alaridos, pouca gente, silêncio e calma. Mas dizem que há quem nasça para lutar. Sem um minuto, umas tréguas, um respirar fundo e recuperar. E depois de 2012 tinha de ser. Depois da tempestade vem a bonança, não é o que dizem também? E depois da bonança? E depois da bandeira da vitória hasteada? E depois do banquete de glória? O descanso do guerreiro certamente. Mas não o meu. Desde que tenho idade para me lembrar, que no segundo em que brindamos ao novo ano tinha um travo a optimismo no fundo da garganta. Este foi o primeiro em que senti que a guerra está prestes a rebentar.
Vem daí 2013!
Acabei de tirar da gaveta as luvas de boxe que tinha guardado há minutos atrás.