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A hora dos recomeços


Agosto está a chegar ao fim. A noite nasce mais cedo, o vento dá-nos a conhecer a próxima estação. As cores estão a mudar, o azul vai dar lugar ao amarelo, verde e magenta. E sei que posso ser suspeita, mas adoro esta transição.
 É a hora dos recomeços.

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o sentido dos ponteiros do relógio

Os dias começam todos iguais. Espera-se que o sol nasça no horizonte e que a terra gire no mesmo sentido de sempre. O leite na mesma taça, arrumada no mesmo armário. A chave roda no sentido dos ponteiros do relógio, as horas andam sempre para a frente, os passos são uns a seguir aos outros. Aos poucos vamos sentindo qualquer coisa diferente, cá dentro. Alguma coisa que nos faz ocupar mais do que um lugar na carruagem do metro, é quase palpável. É transcendente. Apetece partilhar. Olho em volta e quero distribuir toda esta felicidade que nasceu cá dentro. Não há espaço para egoísmos, para compaixões. Há sim, tempo para sorrir, sorrir a quem entra, a quem sai e a quem passa apressado. Há a certeza de decisões tomadas. Gigantes. Do tamanho de montanhas cheias de neve. Do tamanho dos nossos sonhos. Decisões que sempre foram as mais certas, mas que trazem a bonança depois da tempestade. Vamos seguir os nossos sonhos. Vamos transparecer felicidade a quem nos rodeia. Vamos arriscar. Vamos dar uma oportunidade ao mundo para girar de maneira diferente. Para girar ao nosso ritmo. Só para nós. Nem que seja apenas por um dia.


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Amoras silvestres



















Dias no interior. Dias de paz. Dias sem ligações, mensagens e telemóveis no bolso das calças. Comi salame até satisfazer a gula, caminhei ao pôr do sol. Esqueci a cidade e os planos de futuro. Esqueci as indecisões que não me deixam dormir sem pesadelos, livrei-me do peso do mundo que trazia às costas e deixei-me sossegar. Amoras, aos molhos, tão doces, tão silvestres. Caminhadas douradas que me tranquilizaram os sonhos. Amor, muito amor. É preciso desligar a ficha de vez em quando, deixar de estar em stand-by e assumir o off. Estou off. Estou esgotada. Estou cansada de pensar. Vou fazer crescer coisas doces no forno, vou comer tudo sem remorsos e esperar que este açúcar cheio de coisas boas me faça voltar a descer com os pés à terra.


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Boa sorte precisa-se

Custa mesmo engolir certas decisões na vida. Custa ainda mais sabermos que são injustas. Que não valem o que somos. Custa horrores reconhecermo-nos no meio da percentagem ainda elevada de pessoas que não têm emprego. Trinta números à minha frente, cinquenta pessoas já atendidas. Mulheres com bebés de colo a fazerem a inscrição. Somos 13%. Embora continue a acreditar que somos muitos mais. É o que me define neste momento. Um número dos 13%. O olhar de surpresa quando disse o que fazia, o que fiz durante quatro anos, o que sei fazer. Um olhar de surpresa e indignação ao ouvir a empresa que me descartou. Que me especializou e depois, quando disse o primeiro não, me mostrou a porta da rua. Após cinquenta inscrições ainda existia lugar para um olhar de surpresa. Apresentações quinzenais, como se estivesse em liberdade condicional. Registo de procura activa. Aos vinte e sete anos estou no sistema. No começo da minha carreira, na fase mais importante da minha especialização, estou no sistema. Aquele dos 13%. Condicionada pelas pessoas que me prometeram mundos e fundos e que me quiseram enviar para o fim do mundo. Condicionada por um país que tem 35% de desemprego jovem. Condicionada pelo currículo que tenho. Condicionada pelas pessoas que nem sequer se despediram de mim. Colegas de equipa, chefes. Nem um até já. Bem vinda ao sistema. E boa sorte.
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Obrigada Julho

Julho foi mês de muito azul, muita praia e muito descanso. Repor energias, fazer muitos planos e imaginar as coisas boas que o futuro nos reserva ♥

Desarrumado | Manhã | Agora | Flores | Azul | Mancha


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Caia na Praia




A minha mala da praia vai sempre cheia. Seja apenas com as minhas coisas, ou com o que vão "guardando" lá dentro ao longo do dia. No entanto há rituais a manter, pelo que levo sempre os insdispensáveis : protectores solares para corpo, rosto e cabelo, àgua termal, toalha, água e livros. Desde que me lembro levo sempre companhia comigo nas páginas de um livro. Mas só este ano descobri as almofadas de praia. Para quem lê, está descoberta a melhor forma de o fazer. Descobri a Caia através de outros blogs que sigo e do Instagram, espreitei o site, fiz a encomenda e três dias depois já estava nas minhas mãos. Super profissionais, eficientes e rápidos. Mas melhor ainda...têm padrões de morrer, difícil foi escolher apenas uma. Acabei por render-me à almofade Jade, verde água. A partir de agora tenho duas companhias, um bom livro e a minha almofada Caia. Não é irresístivel?

Escusado será dizer que agora é uma luta para decidir quem fica com a almofada na praia, acho que vou ter de comprar mais umas três para oferecer!


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