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Sempre que se partir um coração...


250g chocolate com 70% cacau | 125g manteiga sem sal | 6 ovos | 175g açúcar | 3 colheres de sopa de licor Cointreau | raspa de laranja | 500 ml natas | 1 c.chá essência de baunilha | cacau em pó


pré-aqueça o forno a 180º | forre o fundo de uma forma de fundo amovível com papel vegetal | derreta o chocolate no microondas e junte a manteiga para derreter | bata dois ovos +4 gemas+75g açúcar | junte o chocolate e a raspa de laranja | bata as claras que restaram em castelo adicionando o restante açúcar aos poucos | incorpore depois as claras batidas na mistura do chocolate | leve ao forno 30 minutos | depois deixe arrefecer por completo em cima de uma rede para que o centro abata, simulando uma cratera | bata as natas com a essência de baunilha e o licor até ficarem firmes | preencha a cratera com as natas e polvilhe o cacau por cima


*esta receita é da doce Nigella, que mulher para fazer bolos e doces não há como ela. Como não tinha licor Cointreau substitui por licor Beirão. Ficou de comer e chorar por mais. Para repetir no Natal, na Páscoa, em aniversários. 
Ou sempre que se partir um coração.
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Sim, sou retorcida

É nos maus momentos que as pessoas se revelam. Mesmo as que antes nos davam as mãos e que tinhamos em grande conta, podem falhar. Mais difícil do que ser despedida de um trabalho onde não tinham nada a apontar-me, foi o facto de todos os meus pontos de apoio lá dentro me terem falhado. Na primeira linha da batalha, os que me ensinaram tudo, os que me fizeram crescer profissionalmente e que me ouviam quando estava insegura ou desorientada, não se chegaram à frente. Não tive uma palavra amável, um sorriso condescendente, uma palmadinha nas costas. Uma das minhas referências fingiu-se invisível e desprezou-me. Aquela pessoa que me dizia que eu lhe tinha devolvido uma vida pessoal deixou-me ir embora e não me dirigiu uma palavra. E meses depois o karma funciona. Porque funciona sempre. Porque apesar de doer aos outros agora, já me doeu a mim. E meses depois de ter desaparecido enviam-me um pedido de desculpas por outras pessoas. Arrependem-se do que fizeram. Do poder que não conseguiram ter para impedir o que afinal ninguém queria e que apanhou tudo e todos de surpresa. As atitudes são de quem as pratica. Agora? As desculpas estão aceites. O karma só precisa de continuar o seu trabalho. 


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pela estrada fora | Itália

No segundo dia desta fantástica viagem pela Toscana, deambulámos pelas terras pequeninas que encontramos pelo caminho. Passámos por Pomarance, Castelnuovo, Montepulciano. As paisagens são de cortar a respiração para quem gosta de muito verde e muito perder de vista :)




No nosso guia (The Rouh Guide to Italy) saltou à vista uma vila pequenina conhecida por ter um dos melhores restaurantes de leitão. Sendo este o prato preferido do meu amor, não pudemos deixar de experimentar. Talvez seja um bocadinho demais dizer que foi o melhor leitão assado que comi na minha vida, mas aproximou-se disso. Uma esplanada rodeada de amores perfeitos, uma pasta para começar, o leitão que se desfazia na boca. A envolvência das muralhas. A simpatia e o convívio de quem nos fazia companhia ao almoço. Sempre que recordo Itália, ainda sinto o sabor delicioso daquela refeição.





Se fizerem este roteiro, não deixem de visitar : Latte di Luna, Pienza.




A viagem continuou até Siena onde deveríamos entregar o carro. É uma cidade difícil de percorrer para quem vem de fora, ruelas estreitas, GPS que não reconhecia nada, enfim uma aventura. Um conselho, deixem o carro estacionado fora da cidade, a pé é muito mais tranquilo. De seguida, comboio até Roma. Não imaginava o quanto me iria apaixonar por esta capital...
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inspiração | beautiful city


A inspiração que vem de Nova Iorque,


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O desafio

Condessa desafiou-me a responder a dez perguntas:

1. O que sai sempre contigo de casa?
Nunca saio de casa sem o meu querido telemóvel. Estou constantemente contactável. Que canseira :)


2. Qual o teu animal preferido?
Este. É o meu gato Tó.




3. Qual é o teu sapato preferido?
Neste momento as minhas primeiras Vans. Foi amor à primeira vista.




4. Produto de maquilhagem indispensável?
Máscara de pestanas. Sem ela sinto-me nua.

5. Qual é o teu maior sonho?
Viajar pelo mundo e escrever sobre isso.


Itália

6. Qual é o teu maior defeito?
Sou indecisa. Mais do que é suposto admitir.

7. O que te irrita nas pessoas?
Serem os donos da razão e não darem ouvidos a mais ninguém.

8. Qual é a tua comida preferida?
O melhor sushi que já comi, no Sushic.

9. Doce ou salgado?
Salgado. Sem dúvida. Sou pessoa de petiscos.

10. O que te deixa feliz?
Viajar. Muito.


Tailândia


11. Escolhe 5 blogs para fazer este TAG
Escrever Fotografar Sonhar , Mafalda , Bunyssa , Andorinha Boa Boa , Raquel Caldevilla 

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Bem vindo Outono



4 maçãs | sumo de 1 limão | 1 ovo | 2 gemas | 150g açucar | 120 g manteiga | 10 g vinho do porto | 170 g farinha | 2 c.chá de fermento para bolos | 1 pitada de sal | canela para polvilhar

pré-aqueça o forno a 180º | descasque as maçãs, corte em quartos e depois finamente | regue com o sumo de limão e reserve| misture muito bem as gemas, o ovo e o açúcar | adicione a manteiga e o vinho do porto e misture | adicione a farinha, o fermento e o sal e misture| deite a massa numa forma de fundo removível | coloque por cima as fatias de maçã e leve ao forno por 30 minutos | desenforme depois de arrefecer e polvilhe com canela 

Fica a cheirar a outono pela casa :)

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pela estrada fora | Itália

Foi um amanhecer chuvoso em Florença. Mas a excitação da viagem que estava prestes a começar não cedeu à vontade do tempo. À nossa espera estava um Fiat 500, um carro que sempre quisémos experimentar. Adivinhava-se uma diversão pegada nas estradas da Toscana.




Já tinhamos definido o percurso com a ajuda do guia. Desta vez não conseguimos o Lonely Planet com antecedência e rendemo-nos ao Italy Rough Guide na estação de Milão. Não desiludiu nada.
Seguimos em direcção a San Gimignano. Acho que não consigo descrever aquela "vila". As ruas pitorescas, as lojas cheias de salames, queijos e vinhos, os-melhores-gelados-do-mundo, a vista do almoço... a não perder.







À tarde percorremos todas as estradas secundárias da Toscana, parámos em frente a portões de quintas monumentais, para fotografar, fomos passeando e conhecendo. Uma dica para quem enjoa em estradas com muitas curvas : tomar alguma coisa para prevenir, a certo ponto tive de ser eu a conduzir, de tão maldisposta que estava.



Assim que chegamos ao hotel ficámos imediatamente apaixonados. Uma quinta linda, uma vista desafogada, os quartos muito campestres, uma simpatia no acolhimento.




Hotel Residence Villa Rioddi, em Volterra.

O segundo dia teve direito ao melhor leitão que já comi na vida, sim, em plena Toscana. Se há coisa que aprendi foi que em Itália não se vive só de massas e pizzas.












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De hoje a um ano

De hoje a um ano esta casa vai estar um rebuliço. Pessoas a entrar e a sair, a confusão de carros, as borboletas na barriga, as meias, os sapatos, o vestido e o cinto de ligas. Muito verde das minhas meninas, muito riso emocionado, muitas gargalhadas para afastar  o stress. De hoje a um ano vou ter de reler a lista de coisas que não me posso esquecer de levar comigo. Para me proteger, para me abençoar. De hoje a um ano teremos pela frente uma viagem de uma hora, em que a playlist tem de ser leve e a conversa apenas sobre o mesmo. De hoje a um ano vais estar à minha espera, no fundo de um corredor de caras queridas e vou ter de fazer das tripas coração para ter força nas pernas. De hoje a um ano vamos criar memórias para o resto da nossa vida juntos. 



Muitas imagens bonitas no meu albúm "I do" no pinterest
já conhecem?

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pela estrada fora | Itália

De Veneza, outra linha férrea com destino a Florença. Talvez a cidade que mais me decepcionou em termos de beleza. Uma hora na fila para obras primas muito fraquinhas. Mas acabou por nos dar a conhecer os melhores gelados e as melhores sandes de atum. Podia ter saído de lá a rebolar, tal era a gula de mais um gelado. E a necessidade de provar mais um sabor desconhecido.








Desde que decidimos ir a Itália que prometi a mim mesma ir a um dos sítios mais bonitos de sempre Um dos lugares a visitar por fotógrafos de excelência, uma paisagem de cortar a respiração. Florença era o ponto de partida ideal, por isso apanhámos o comboio bem cedo, porque ainda nos esperava uma viagem de hora e meia. Cinque Terre. Um trilho pelo meio das casinhas de cores quentes, com o mar a acompanhar a caminhada. Tal não foi o azar, fomos informados assim que chegámos que tinha ocorrido um desmoronamento e o trilho estava encerrado aos turistas. Tive vontade de chorar. Ficou apenas uma foto para recordar a viagem em vão.


Mas não nos demos por vencidos. À vinda decidimos fazer um pequeno desvio e aproveitar para conhecer a Torre de Pizza que não estava nos planos. 


No dia seguinte de manhã esperáva-nos o melhor início de viagem. Um fiat 500 e toda a Toscana pela frente. 
Não percam a melhor parte da viagem... :)





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consegues ouvir, aí do outro lado do mundo?

Uma vez tive uma discussão de caixão à cova com o meu namorado e bastou-me ouvir um toque. Atendeste do outro lado e só te disse três palavras. Em dez minutos ouvi o teu opel corsa a estacionar e desci escadas abaixo como um foguete. Entrei no carro e perguntaste, vinho ou tequilla? Tequilla, claro, como daquela vez em Lagos numa noite de verão em que chovia torrencialmente. Deambulávamos de carro, bebíamos, falávamos mal dos homens e na leveza da tua companhia conseguia relaxar o corpo e rir-me com parvoíces. Eras o meu escape, o meu porto seguro. Durante três anos, conhecia o som do teu carro melhor do que ninguém, pressentia-o sempre. Por isso, me fizeste tanta falta no último ano, quando decidiste ir para outro país, tão longe e tão frio e me deixaste com os horários da CP metidos dentro do bolso. Pensava em ti sempre que chegava já noite a casa e não estavas lá para conversar comigo. No meio dos solavancos da carruagem chorei baixinho ao lembrar-me do quanto gostava de ti. 
Estás a ouvir? Já deixaste tocar mais do que uma vez. Não atendeste. Estou à tua espera e tu estás do outro lado do mundo. Eu dou-te mais dez minutos. Depois vamos passear pela VFNO e beber coktails que já estou farta de tequilla, vamos atravessar a ponte e vais reclamar comigo quando não quiser desligar o rádio para estacionares.
Já estás a caminho?
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Regressar às origens






Sempre que passava uns dias de férias em casa do meus avós mantinha os mesmos rituais. Abria a primeira gaveta da cómoda gigante do quarto e sentia entre os meus dedos o cetim das camisas de noite da minha avó. Vestia-as meio às escondidas e calçava os únicos sapatos de salto guardados no fundo do roupeiro. Depois passeava-me como uma princesa em frente a todos os espelhos da casa, enquanto fazia um esforço sobrehumano para não perder os sapatos que eram muitos tamanhos acima do meu pé pequenino. No móvel da casa de banho encontrava os batons cor de rosa e os muitos cremes de mãos, rosto e corpo. Um dos que me lembro melhor é o Alantoíne da marca Benamôr. O aroma delicioso e a suavidade que deixava nas mãos. Hoje encontrei-os todos. Não na gaveta da minha avó, que há muito deixou de os comprar, mas numa pequena loja perdida num centro comercial antigo. E senti-me pequenina outra vez. Trouxe um para mim e outro para a minha avó. E sei que os olhos dela vão agradecer. Assim como as mãos, àsperas do trabalho de uma vida.
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Podia ter sido pior, podiamos ter dado certo.

O karma é lixado. Se ainda me restassem dúvidas quanto à justiça ser feita enquanto pisamos o mesmo planeta, já se dissiparam. O que fazemos aos outros acaba sempre por voltar a nós, a dobrar. Muitas vezes até mais pesado que o mundo inteiro. O que se ganha com isso? O equilíbrio. O respirar fundo. A certeza de que o que sofremos, o que foi destruído à nossa frente ou dentro de nós, afinal é insignificante. Porque existe karma para quem destrói sonhos e sentimentos. Para quem destrói o amor. Quem põe um ponto final no amor de outra pessoa, merece este karma. Merece que o mundo gire no sentido contrário ao que se quer. Merece e pronto. E sim, sempre fui um bocadinho retorcida. Ou justa, uma das duas deve servir. E agora vou ali preparar mais uma viagem à volta do mundo. Boa sorte com a tua.


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pela estrada fora | Itália

Veneza, a cidade que sente o peso das expectativas. Ruas estreitas, flores que pendem das varandas como que a cumprimentar-nos. O melhor risoto e tiramisú de sempre no Tarttoria alla Madonna (recomendo, muito!). As pontes e as gôndolas. A cidade que me surpreendeu sempre pela positiva. Era capaz de perder-me naquele labirinto de ruelas para sempre. Quando nos perdemos, encontramos sempre lugares mais bonitos. O romantismo por excelência e a promessa de voltar.


















(Abril 2013)




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