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Mais sobre mim ♥


As queridas Joanas que sabem tudo! nomearam-me para este Liebster Award. Há cerca de uma semana tive também a mesma nomeação pela querida Helena, mas como estava em viagem ainda não tinha tido tempo de me dedicar ao assunto. Ora este Liebster Award serve para promover blogs que ainda não têm muitas vizualizações e dá-los a conhecer a mais pessoas. Eu, que adoro estas iniciativas, não podia deixa de dar seguimento :)

11 factos aleatórios sobre o blog:

1. Começou por ser um desabafo, mas afinal ainda é :)
2. Escrevo os posts todos na minha cabeça antes de adormecer, de manhã só me lembro de metade
3. Através do blog conheci a minha paixão por fotografar coisas bonitas
4. Adoro escrever sobre as minhas viagens, tento fazer duas por ano
5. Escrevo sempre com música, ajuda-me a fluir ideias
6. Durante alguns anos mantive-me no anonimato porque trabalhava num sítio que detestava e falava sobre isso
7. Quando resolvi dar a cara, fui despedida pouco tempo depois. Karma? 
8. Toda a minha família lê o blog
9. Todos os meus amigos não lêm o blog, à excepção de dois
10. Gostava de conhecer pessoas através do blog, até hoje conheci apenas uma, a talentosa Raquel Caldevilla
11. Há dias que não posso ver o computador à minha frente

Porque decidiu fazer o blog?

Sinto tudo à flor da pele e acabo por guardar tudo para mim. O blog começou por ser um escape a qualquer coisa que me atormentava cá dentro. Agora, quando escrevo, deito-me mais leve. Enviei aquele karma para o universo, ele que resolva o que fazer com ele.

Quem admira na blogosfera?

A Nirrimi. Vou ter de falar de um blog que não é português, mas é ela que me enche as medidas. Novissíma, fotógrafa, escritora, com uma filha pequenina, vive tudo avassaladoramente. Ler as suas palavras é como projectar-me para um universo paralelo. E as imagens. Bem, não há descrição possível.

Em que país gostaria de viver?

A primeira vez que utilizei a expressão "era capaz de viver aqui" foi na minha viagem a Itália. Depois já o disse em relação à Irlanda♥

Porque acha que nomearam o seu blog a um Liebster?

Mais recentemente comecei a publicar mais as minhas fotografias do dia a dia e um pouco mais do que se passa na minha vida. Dias bons, dias menos bons. Penso que algumas pessoas se revêm nesses momentos. Afinal a vida não é cor-de-rosa e todos temos momentos em que estamos em baixo. Tenho partilhado mais as minhas viagens e fotografias no blog, espero que tenha inspirado quem está desse lado.

O seu maior êxito

Sinceramente, conseguir sobreviver a esta fase da minha vida o melhor possível. Desempregada, à espera de um projecto com o qual sonho desde sempre, mas que está a demorar o seu tempo. Esperar é uma virtude. Ainda estou a aprender a lidar com isso.

O seu maior fracasso

Ter tirado um curso que nada tem a ver comigo e só aperceber-me disso aos 28 anos.

Blog favorito

Gosto muito do Tapas na Língua. Não perco um post.

Sobre o que gosta mais de escrever no blog

Sobre as viagens. Partilhar a beleza do que conheço deixa-me serena.

Viajar, cozinhar ou cantar?

Viajar. Sempre. Cada vez mais. É uma fome que não se satisfaz.

Um conselho

O melhor ainda está para vir.

Que trará o seu blog no futuro?

Mais de mim, das minhas indecisões, da minha espera pelo que ainda vem de melhor.
Mais viagens, mais fotografias bonitas ♥

Nomeações













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Pela estrada fora | Magnífica Irlanda

As estradas na Irlanda são desertas. Os campos são pontuados por nuvens brancas, as tão fofinhas ovelhas. Há vacas a pastar em total liberdade junto ao mar. Lagos gigantes entre montanhas e terra, tanta terra, terra e verde a perder de vista. Terra que acaba no azul, ou do céu ou do mar. Paisagens de cortar a respiração. O segundo dia neste país lindo, o dia do meu aniversário, a noite romântica no hotel mais bonito em que já estive, um jantar a dois à luz das velas, junto ao crepitar da lareira e rodeados de livros numa biblioteca antiga. Foi um dia que nunca vai acabar na minha memória. Encheu-me a vida.


























[Em Connemara]
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Pela estrada fora | Magnífica Irlanda


Voámos até Dublin. Não parámos por lá. Augámos um carro e durante 7 dias fizemos um roteiro pela costa oeste do país. Nestes 7 dias devemos ter parado centenas de vezes. Nunca tinhamos visto nada assim. De um lado o mar, do outro o campo. Vezes e vezes sem conta "Pára aqui" e ficávamos como que incrédulos a olhar estupidamente a grandeza da paisagem. O silêncio. O nevoeiro que nos perseguiu no primeiro dia, as praias desertas, o som do mar ao fundo. Centenas de estradas estreitas,demasiado estreitas, mas nem o desafio de conduzir à direita nos fez abrandar. A paisagem, sim, abrandava-nos. Abrandava-nos o coração e a cabeça. Durante 7 dias, fomos nós os dois, a estrada, o carro e isto. Não há palavras. Para primeiro post sobre a Irlanda só quero que desliguem de tudo o que vos rodeia neste momento e absorvam esta paz. Esta beleza que se sente cá dentro.

















Viagem entre Galway e Connemara. Na chamada Wild Atlantic Way.
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Até já, Irlanda

Têm sido dias muito complicados. Desmotivação, mal-estar geral, frustrações que transformam coisas pequenas em coisas gigantes. É a vida a acontecer e a tomar balanço para nos atormentar. Neste momento, estou a voar para longe. Mas para mais perto do que está certo. Espero que esta viagem aconteça no momento certo. Espero reencontrar a paz por lá, absorver toda aquela natureza, toda a quietude. Respirar calmamente, dar-te a mão e ver a luz  ao fundo do túnel que afinal parece mais longo do que no início da caminhada. Vou dar-me espaço e leveza para não condicionar o que escrevo por aqui e gostaria de vos levar um bocadinho no coração. Sigam a viagem pelo Instagram, que tentarei actualizar todos os dias. Quando voltar, de energias renovadas e mais positivas, espero ainda vos ter desse lado ♥ 

Irlanda, deposito em ti as melhores expectativas! Até já!

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acelerar o coração

Há anos atrás conhecia a A2 de olhos fechados. Sob o sol ardente do verão estoirei quilómetros de gasóleo sobre aquela estrada. Parei em todas as estações de serviço vezes sem conta. Passei a ponte que me liga à minha cidade em total alegria ou total tristeza, dependia da luz do sol ou das luzes que brilhavam lá no alto dos candeeiros de rua. Acelerava o coração ou serenava a minha cabeça na medida certa. No total comando das minhas decisões. Sempre que entrava naquela casa que cheirava a tabaco e a álcool elevava-me ao meu melhor. À pessoa que naquele momento eu era. Fechava os olhos e deixava-me levar. Muitas vezes, ao sabor da madrugada libertava-me no silêncio da minha despedida e abraçava as ondas do mar ao som do motor do meu carro. Era a minha segunda casa. Foi aquela que me permitiu voar quando o sol queimava tudo o que tinha ficado para trás. Outras vezes deixava-me adormecer na maca do meu trabalho por não querer ir para casa. Acordavam-me sempre timidamente "Joana, o teu turno acabou. Vai para casa". Depois davam-me um saco com comida que me reconfortava o coração e um beijinho na testa. Metia-me no carro, passava os portões que tão bem conhecia e era de novo eu mesma. A única parte que usava da minha casa era o chuveiro e poucas vezes, raras, a minha cama. Aquela não era a minha vida. Mas foi lá que fui feliz. Mais do que consegui admitir a mim mesma. Fiz o que quis, quando quis. Permiti-me tomar as rédeas, lutei de mangas arregaçadas e com uma garra de querer viver tudo ao mesmo tempo. E vivi. Tudinho. Com muito sacrifício pessoal, com muita vontade de vencer. Mas agora que tudo ficou lá atrás, preso naquelas ondas que rebentavam ao amanhecer, agora que a vida me venceu mais uma vez, percebo a falta que me fazem aqueles quilómetros em que o sol me queimava as mãos ao volante. O ar quente que me entrançava os cabelos na necessidade de uma vida melhor. Hoje percebi que tenho de arregaçar as mangas mais uma vez, não depender das decisões dos outros, fazer sacrifícios e lutar. Porque a sorte nunca esteve do meu lado, nem nada me caiu no colo. Esperei meses, dias sem fim, confundi palavras e acções, confundi-me. Esta é a minha vida, a minha luta, a minha garra. Não posso deixar-me ir ao sabor do vento. Mas hoje, só hoje, vou permitir-me fechar os olhos e imaginar o acelerador debaixo do meu pé, o vento quente no meu cabelo e a A2 toda pela frente. Vou imaginar que tenho asas e voar para longe daqui, de encontro à pessoa que já fui, àquela que tenho de voltar a ser.


[2010 - Praia Maria Luísa]
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Spring mood


Amarelo, amarelo, amarelo. Por todo o lado. Espreita entre as ervas dos parques descuidados durante o Inverno, nas roupas da nova estação, no céu que desperta todos os dias com um novo objectivo. Aquecer-nos os dias, cada vez mais perto desta que é a estação mais bonita de todo o ano. 
Olá Primavera :)


Estou todos os dias pelo Instagram: @redecompeixe
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o ódio dentro do amor

É o preto no branco. O ódio dentro do amor. O mundo dentro do olhar. Os pés descalços e os gatos vadios. As noites de trovoada e a chuva fria na terra. Todas as coisas boas dentro das coisas más. Nós, as mulheres. Animais gigantes, de força interior, de natureza severa. Alimentamo-nos de amor, de guerras, de ódios de estimação. Protegemos o nosso mundo com garra, com os sentimentos misturados em suor à superfície da pele, com a garganta seca e os olhos molhados, com a subtileza de uma explosão nuclear. Desbravamos caminhos interiores sem facas de mato e sem bússola, com a intuição às costas e a vida debaixo dos pés. Somos caçadoras. Tiros certeiros, de olhos fechados, guiados apenas pelo coração, pela fé, pela esperança de abraçar tudo o que nos faça feliz. A vida dentro de cada uma, um universo paralelo de sentidos, o toque mágico de uma dependência, que sai de dentro. O amor incondicional que nasce exatamente no mesmo momento em que respiramos, a necessidade de o sorver, de o guardar, de lutar por ele. O amor move barreiras, construímo-lo, movemos montanhas para alcançá-lo. Uma vida inteira, duas vidas inteiras, a eternidade, nada parece tão certo como lutar pelo amor. Engolir mãos cheias de dúvidas, despedaçar a alma e voltar a colar tudo no mesmo sítio, vezes sem conta, vozes sem som. Somos o grito da liberdade, do início e do fim, da vida que nasce em nós, do desassossego, da curiosidade. Testamos limites, rendemo-nos ao inimigo, matamo-lo a dormir. Choramos no escuro e sonhamos à luz do dia. Bebemos o sol, perdoamos tudo, não esquecemos nada. Escondemos os resquícios de malvadez nas gavetas, no sótão, dentro da boca fechada. A leveza da vingança dentro da bondade. O sorriso fácil que treinamos desde crianças, a resultar no nosso pai. Meia pirueta, uma música desajeitada, lágrimas fáceis e a manipulação no seu melhor. Somos bichos enérgicos, rodamos no sentido da terra e nunca abrandamos. Abrandar é fraquejar, é não ter capacidade de reagir, é não ter tempo. O tempo de crescer, de fugir de nós mesmas, o tempo para acrescentar uma vírgula, quem sabe uma hora inteira, mestres em esticar o tempo. Acrescentar amor ao tempo, dias ao tempo, tempo ao tempo. Que corre sem parar. Sempre contra nós, porque somos crianças, porque somos jovens, porque somos maduras, porque somos velhas. Damos importância ao que faz de nós quem somos, ao que os outros nos reconhecem, ao que a sociedade não espera e não consente, sem prazos e limites de tempo. E nós a rejuvenescê-lo. A dar-lhe prazer. A ter em troca o que a vida tem para oferecer. A comer felicidade com os olhos, as mãos, o corpo todo. A digeri-la. A partilhá-la. Nós, as mulheres. Seguras, inconstantes, inteiras, indecisas, divididas entre este mundo e o outro, qual espectro de sofrimento. Mulher que sofre, mulher para sempre. Eternizadas por gerações, indiscretas nas relações, secretas dentro dos corações. É esse o nosso segredo, o truque, a mais-valia, a coragem. É sermos uma dentro de outra. O ódio dentro do amor. O preto e o branco, nunca os cinzentos, nunca medíocres. Somos o tudo e o nada. A desgraça e a alegria. A alegria de viver, porque a vida acaba e começa em nós. Nós, o princípio e o fim. E o amor pelo meio.


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Pela estrada fora | St. Albans

O último dia foi passado a passear em St. Albans. Uma cidade com uma catedral lindíssima perto de casa da minha querida J. Passámos pelo mercado de flores, pelo parque e só não ficámos mais tempo, porque o vento era infernal quando chegámos perto do lago. De verão deve ser delicioso passear por ali. 
Foi um dia mais countryside, sem a adrenalina de uma grande cidade. 
Mais paz, mais natureza, como gosto :)










Foi o nosso fim de semana. Muita conversa, muito chá, muitos scones, filmes e muita vontade de ficar por lá mais uns dias. Obrigada minha amiga querida. É bom saber que continuas desse lado, igual ao primeiro dia em que te conheci naquele pavilhão de madeira, numa sala cheia de amarelo :)
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o que me inspirou





O que me inspirou neste fim de semana. As portas com cores de cupcake. 
Lindas, harmoniosas. Quando for grande quero ter uma assim.
 Como poderei chegar a casa menos feliz?


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Pela estrada fora | Portobello



















O mercado de Portobello. A primeira vez que visitei Londres não consegui passar por aqui. O tempo era limitado e havia tanta coisa para ver, além de que apenas ao fim de semana se consegue passear pelo meio das bancas de comércio onde se vende de tudo um pouco. Loiças, pratas, artigos de desporto, carimbos de madeira, bússolas, lupas, máquinas fotográficas analógicas aos montes, malas e viagem antigas, todo o género de bugigangas misturadas neste ambiente tão particular. Gostei muito. Gostei mais ainda por ter encontrado "aquela peça" que me faltava para o dia do meu casamento...ah, como estou apaixonada por ela.
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