O que vem à rede é peixe

A cultura vive em Londres (parte II)

Tower of London - London Bridge - Tate Modern

Natural History e Victoria & Albert Museum

A natureza tem de estar dentro de todas as minhas viagens. Sejam folhas, árvores, verdes, amarelas, tenha de andar quilómetros para a fotografar, é das minhas maiores paixões. São os tons da terra, os marcos das estações, o ar limpo dentro das cidades cosmopolitas. E Londres tem tudo isso e muito mais. Um pé dentro dos parques a perder de vista, e esquecemo-nos que estamos numa das maiores cidades do mundo. O silêncio como pano de fundo, os passeios cheios de tempo e as cores maravilhosas. Trouxe tudo comigo. Dentro destas imagens.

A recompensa

A aventura começa quando temos de acordar ao lado de outra pessoa todos os dias. Há que manter o amor no seu expoente máximo. Não basta por o despertador, cozinhar e deixar acontecer. Há que manter o entusiasmo dos namoros de fim-de-semana, juntar responsabilidade e família, limpezas do dia-a-dia e ter paciência e carinho para dar ao adormecer. Dá trabalho, dá imenso prazer, traz frutos no futuro e vale a pena. Perceber o espaço do outro, os limites e manter conversas à mesa fazem parte de todos os dias. Mas chegar à cama, com o corpo dorido e a cabeça a rebentar pelas costuras, sentir o calor da outra pessoa e adormecer a sonhar com tudo o quea vida nos reserva é, sem dúvida, o prémio mais recompensador de sempre.

E vou combater este frio com um English Breakfast tea.

A cidade espera por mim.

Até já!

Acabo de ter mais uma ideia fantástica para decorações de natal ♥

Hoje foi dia deste pequeno almoço.

Amanhã vai ser dia desta receita.

Será o dia?

Um dia vou ter um jardim e dois pastores alemães. Vou seguir uma família de ursos polares no polo ártico. Vou assar marshmallows numa fogueira ao amanhecer. Vou fotografar os meus três filhos com a luz da manhã aos saltos na minha cama. Vou ser vegetariana. Vou passar a noite de natal junto de uma família desfavorecida. Vou conduzir junto ao mar no inverno durante horas a fio. Vou pegar na minha família e passar o natal numa casa com lareira nos alpes suiços. Vou comprar terra e plantar canónigos. Vou escrever um romance e uma crónica semanal. Vou fazer voluntariado para áfrica durante um ano. Vou chegar a casa com terra debaixo das unhas e galochas enlameadas. Vou adoptar uma criança. Vou usar um vestido elie saab. Vou perder-me num campo de girassóis.

Um dia vou assustar o medo e merecer a coragem.

[o melhor do meu dia]

O melhor do meu dia foi acordar e sentir o teu lado da cama frio. Aperceber-me que não estavas lá. Sentir aquele frio no estômago quando a manhã nos mostra que nem tudo está certo. Que falta qualquer coisa. Que não está tudo no devido lugar. Que o meu coração gosta de acordar contigo e sentir o teu corpo quente. O melhor do meu dia foi sentir a tua falta. Foi sentir este amor tão grande, que continua a crescer mesmo quando não estás aqui.

Imagem

Do coração

Há dias em que somos esmagados pelo mundo. Em que tudo parece tão gigante e assustador. Fechamo-nos no roupeiro do quarto, às escuras, e esperamos que o dia acabe. Porque é tudo demais, as criticas, os esforços, o medo, a desmotivação, a falta de carinho, a incompreensão. Olhar dentro dos olhos de alguém que não nos compreende é a sensação mais vazia que podemos ter na vida. É um daqueles momentos em que o mundo começa a abrandar até parar. O tempo pára. Os sentimentos caem no chão frio. A coragem foge a sete pés. A respiração fica pendente no ar. O coração imobiliza-se. O dia deixa de fazer sentido. Porque são as pessoas que nos amam que acabam por nos magoar mais e mais. Que não nos ouvem gritar-lhes ao coração. Que não decifram a mensagem que passamos subtilmente há demasiado tempo, há demasiadas palavras, há demasiados gestos. Que não sabem onde nos procurar quando encontram a casa vazia. Que não se ajoelham para espreitar debaixo da cama. Que não sabem abrir as portas dos roupeiros.

O pecado da gula

50g miolo avelãs
100g chocolate branco
6 ovos
150g açucar
200g chocolate culinária
100g margarina
30g farinha
1 colher chá de fermento
150g framboesas

- Pré aqueça o forno a 180 graus.
- Pique as avelãs na picadora e reserve.
- Pique finamente o chocolate branco com uma faca afiada e reserve
- Parta o chocolate culinário e a margarina em pedaços para uma taça de vidro
- Separe as gemas das claras e bata as claras claras com metade do açucar até obter um merengue bem espesso e brilhante e as gemas com o restante açucar, noutra taça, até obter uma gemada esbranquiçada e fofa
- Leve o choclate e a margarina durante um minuto ao microondas até dereter completamente
- Junte o chocolate derretido à gemada e misture bem
- Envolva as claras batidas delicadamente no creme de chocolate
- Deite 1/3 da massa na tigela onde bateu as claras e junte-lhe farinha, fermento e o miolo de avelã, misture bem e deite numa forma de mola com 22cm de diâmetro, bem untada. Salpique com metade das framboesas
- Divida a restante massa ao meio e junte a uma das partes o chocolate branco picado e deite sobre as framboesas
- Leve ao forno 20 minutos
- Retire do forno e deixe arrefecer
- Espalhe a restante massa de chocolate sobre o bolo, depois de frio e enfeite com as framboesas

Sem dúvida que faz concorrência ao bolo de chocolate da minha mãe.

Que escusado será dizer é o melhor do mundo...

Dias frios combinam com chocolate. Chocolate combina com Pantagruel. Pantagruel combina com bolos. Com mousse. Com tudo o que seja delicioso para partilhar em frente à lareira.

(Mais tarde a nova receita que vou experimentar hoje:

Bolo surpresa de dois chocolates com framboesas)

Um sorriso, uma tangerina, um simples bom dia, uns sapatos novos, acordar ao som da nossa música preferida, um galão quentinho a ver chover lá fora, uma imagem ternurenta, um verniz colorido, chocolate com pedaços gigantes de amêndoas, um beijinho do nosso amor, uma coca-cola gelada com limão, gritar a plenos pulmões dentro do carro sem ninguém ouvir, bolo de chocolate e chá, enroscar-me na cama com o meu amor.

O "Melhor do meu Dia" chegou ao blog, da adorável Catarina.

Não resisti. Teve de vir tudo comigo.

A cesta

As mantinhas

O tapete

Kasa-Continente

Indispensável. Imperdível. É isto. É a vida de todos os dias e os momentos irrepetíveis. É olhar de fora para as preocupações que não passam disso mesmo. É perceber que são os momentos com os quais não perdemos tempo a pensar que nos tocam mais. Que nos enchem a vida. A vida de todos os dias.