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NY, dia 3









Nova Iorque é despretensiosa. Acho que é a palavra que lhe assenta melhor. Estava eu convencida de que ainda não tinha visto variedade suficiente quando entrei no metro. É lá que estão as pessoas que constituem esta cidade. Ar de gangsters, dreads, bonés, calças largas, ténis adidas, preto total, cabelos roxos. São as mentes livres que percorrem a cidade por dentro sem pagar bilhete e entram à nossa frente na Prada. Sem moralismos. Todos sorriem a toda a gente. Ninguém me olha de lado quando entro no centro comercial de nível económico acima do meu. Homens de fato e gravata engolem cachorros quentes que se vendem à beira da estrada. É esta a liberdade de expressão que nos apaixona. Não existe a roupa certa ou errada. É de bom tom passar juntamente com a multidão, mesmo que o sinal de peões esteja vermelho. Todos ao mesmo nível. Convivem na mesma mesa da biblioteca pública um homem de negócios, uma universitária e um rastafari. São almas livres, rodeados de anos e anos de história encavalitados até ao tecto nas estantes de um dos edíficios mais bonitos da cidade.








 Milhares de língua e sorrisos que se cruzam nas ruas. Cheia de bom astral. Os arranha céus enquadram-se perfeitamente na vida de todos, o chão é vibrante, o ambiente fácil. A cidade das mil e uma ideias, as fachadas de tijolo guardam a criatividade e embalam-nos no estilo que caracteriza esta ilha. Manhatan, boémia, despretensiosa, simples. De uma simplicidade extrema ao estarmos no centro do mundo.
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