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Guardo-te no coração

Amanhã é a tua despedida de solteira. Encontrei-te pela primeira vez no meio de tendas, panos de chão, espias e jarreteiras verdes. Os quilómetros que caminhámos lado a lado de certeza que chegariam para dar a volta ao mundo. Foste a primeira pessoa que discutiu comigo pela loiça mal lavada num acampamento de inverno com 5 graus lá fora e sem luz. Aquele mesmo em que nos perdemos no meio da noite e mesmo sem lanternas iluminámos o caminho uma da outra. Viajámos juntas num autocarro pela noite fora em direção àquele sítio só nosso. E como fomos felizes nesse verão. Não precisei de te explicar as lágrimas que deixei cair quando nos sentámos naquele pavilhão gigante e ouvimos a primeira oração. Na verdade, acho que já não preciso de te explicar nada. Compreendes-me, viste-me crescer, partilhámos os primeiros cigarros às escondidas dos pais, nas tardes de verão em que nada se fazia na nossa terra do coração. Vivi contigo o verão da minha vida. Viagens ao baleal de descapotável, mergulhos na piscina ao amanhecer, muitos segredos, muitas verdades, nada se esquece entre nós. E quando penso em ti, no quanto já vivemos juntas, sei que vais guardar todos esses momentos contigo, tal como eu os guardo comigo. Vamos casar no mesmo mês. Setembro será sempre especial para nós. Quando te vir entrar na igreja, linda como só tu consegues ser, só vou pedir uma coisa. Que um dia os nossos filhos consigam partilhar o mesmo que partilhámos. Que se orgulhem tanto uns dos outros, como eu me orgulho de ti. Que se adorem tanto, como eu te adoro. Que vivam os muitos verões da vida deles, juntos. E que se guardem uns aos outros no coração, como eu te guardo a ti.




Agora, vamos beber!
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A família que se lixe

A família são os nossos amigos. A vida mostra-nos sempre quem deve ficar ao nosso lado e quem é perfeitamente dispensável. É com grande tristeza que olho para trás e me apercebo de certas decisões que tomei. Decisões que me atormentam o coração e me trazem lágrimas aos olhos. É com grande tristeza que interiorizo a pouca consideração de pessoas que são do meu próprio sangue. Tenho tentado não pensar nisso, não me deixar afectar, mas há momentos na nossa vida que são mais fortes e muito maiores que nós. Quando tive de tomar decisões difíceis devido a limitações que estão fora do meu alcance, no momento em que deixei pessoas que me são muito queridas fora de uma lista que se quer especial e de muita alegria, quando deixei para trás amizades que fazem todo o sentido e agora vejo que ninguém tem consideração por ninguém. Sangue do mesmo sangue, pessoas que conheço desde que nasci, desfeitas intragáveis no dia mais especial da minha vida. Que se lixe a família. Aquela que está na árvore genealógica só serve para nos retirar anos de vida, para nos entristecer numa fase que devia ser a mais querida da nossa vida. Só peço a quem deixei de fora da lista para me perdoar, só peço para me perdoar a mim mesma pela decisão estúpida que tomei. São os nossos amigos do coração que vêm do outro lado do mundo para nos ver sorrir, que mudam de avião três vezes para nos abraçar. Os outros, os que estão perto e se entitulam de próximos, que se lixem. Afinal estes são os dias em que só faz falta quem está. Quem não está, e quem teve a oportunidade disso e resolveu não estar, não pertencem à minha história. E a partir de hoje não conhecem o meu coração ou o meu sorriso.

Obrigada
à minha querida C., que vai sobrevoar metade do mundo; 
à amiga de sempre J., que mesmo em terras de sua majestade, fala comigo todos os dias;
à S., que está a passar uma fase de transição e me atura em todas as indecisões;
à A., que casa duas semanas antes e tem conversas de horas comigo ao telemóvel;
à J., que faz coisas maravilhosas e terá um papel super importante no momento mais especial de todos.

Vocês são a minha família do ♥ 
de sempre e para sempre.

Amo-vos.
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A dieta do paleolítico

Já há algum tempo que tinha curiosidade em experimentar a Dieta do Paleolítico. Na verdade, não é bem de uma dieta que se trata, estamos a falar de um regime alimentar que remonta aos tempos ancestrais em que o homem comia apenas o que conseguia caçar ou que a natureza lhe dava directamente. Neste regime ou ideologia, como lhe quiserem chamar, não são ingeridos nenhuns produtos alimentares processados. O caso dos cereais, dos lacticínios e dos açucares. Basicamente e muito resumidamente, as regras básicas da Dieta do Paleolítico são:


  • Consumir todas as carnes magras, peixe e marisco que quisermos
  • Consumir todas as frutas e legumes não amiláceos que quisermos
  • Não podemos consumir cereais
  • Não podemos consumir leguminosas
  • Não podemos consumir lacticínios
  • Não podemos consumir alimentos processados

Não é, portanto, uma dieta sem gordura. É sim uma dieta sem "gordura má".



Como tinha algumas dúvidas comprei o livro sobre esta Dieta do Dr. Loren Cordain, um médico que estuda esta dieta há mais de duas décadas e diz ser a mais indicada para nós. Segundo ele, foi assim que o homem começou a ingerir alimentos processados que começaram a surgir as doenças crónicas. A comparação entre este tipo de alimentação e a que é feita maioritariamente nos Estados Unidos é chocante. Na verdade passamos grande parte do tempo a dar ao nosso organismo coisas que ele não consegue digerir e depois ficamos inchados, cansados e surgem as doenças metabólicas.


Assim, e depois de devidamente informados, começamos hoje uma semana da Dieta do Paleolítico. Os testemunhos, presentes no livro, de pessoas que sofriam de doenças crónicas e passados alguns meses desta dieta terem deixado de ter sintomas e anos mais tarde nem sequer precisarem de qualquer tipo de medicação é inspirador. Foi, aliás, através da entrevista ao Bernardo Pinto Coelho que percebi que este seria um caminho pelo qual gostaria de seguir.

Ao longo desta semana vou partilhar convosco algumas refeições e inspirações do livro, o máximo que puder. 

Hoje foi o dia 1. Vamos seguir este plano durante 6 dias.



O nosso pequeno almoço :
Bacon, sumo de laranja e salada de frutas (melão, maçã, pêra, uvas, amoras)


O nosso almoço:
Peito de frango
Cogumelos salteados
Amêndoas tostadas
Mistura de verdes
Azeite


Até amanhã :)
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A nossa história de amor


A nossa história de amor:

2 de Novembro 2010 - Sentámo-nos lado a lado

15 de Fevereiro de 2011 - Ele levou-me ao outro lado do Tejo

19 de Março de 2011 - Ele pediu-me em namoro, a muitos quilómetros daqui

11 de Setembro de 2011 - Começámos a viver na mesma casa

21 de Março de 2014 - Ele pediu-me em casamento, a muitos quilómetros daqui

19 de Setembro de 2015 - Vamos dizer que sim!



A um mês do casamento, não se fala de outra coisa a não ser das borboletas na barriga.

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Correr a maratona

A oportunidade espera por nós. Se for preciso, espera uma vida inteira. E mesmo quando queremos muito muito que ela venha ter connosco, só a conseguimos agarrar quando somos nós a correr para ela. É quase como uma maratona. Primeiro treina-se, correm-se muitos quilómetros, quase desidratamos, rebentamos os pés de bolhas, queremos desistir e voltar para trás, já não temos a certeza de onde fica a meta. Perdemo-nos nos cruzamentos, damos uma volta ainda maior, ficamos cansados, frustrados, já não temos ninguém a apoiar-nos. Lembramo-nos vagamente do porquê de termos começado, mas arrependemo-nos amargamente de ter dado o primeiro passo. Parece tudo tão longe, perdemos imensa gente pelo caminho, perdemo-nos muitas vezes dentro de nós. Nas manhãs cinzentas de chuva que teimam em não deixar brilhar o sol. Comemos barras energéticas, bebemos muito café, afundamo-nos em coisas que nos dão um impulso imediato e muitas horas de arrependimento. Esquecemo-nos do foco, mas continuamos a correr. É a única coisa que o nosso corpo nos permite fazer, passo atrás de passo, quilómetro atrás de quilómetro. E quando achamos que tudo foi em vão, quando estamos perto de pedir boleia ao primeiro devaneio que nos apareça pela frente, eis que a oportunidade se ilumina. Esteve sempre lá. Mesmo à nossa frente. Precisámos de nos perder e encontrar outra vez para lhe darmos toda a importância que merece. Está mesmo ali, brilhante, alegre, cheia de vida. E, quando mergulhamos nela, por fim, tudo o que ficou para trás deixou de fazer parte de nós. Livrámo-nos de metade do nosso peso. O peso do mundo e do passado, das histórias dos outros que teimamos em carregar dentro de nós. Ficamos só nós, o nosso peso leve, o nosso optimismo, a nossa felicidade pura. É hora de descansar, de abraçar o futuro, de dizer olá a uma nova vida.


The cure for anything is salt water - sweat, tears, or the sea.

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O sabor dos recomeços













Sempre gostei de estradas campestres e desertas. Talvez por isso me tenha apaixonado imediatamente pela Irlanda. Em portugal, conheço muito bem a costa alentejana mas nunca me tinha aventurado no alentejo profundo. Os meus dias agora assim o obrigam e não podia caber em mim de contente ao conduzir por estes caminhos desertos e tão, tão em paz. Parei o carro vezes sem conta, mesmo sozinha, não consegui deixar escapar estas fotografias que me fazem sorrir em pleno verão, com o termómetro a registar 38 graus.
O alentejo já fazia parte da minha felicidade, agora faz parte dos meus roteiros. E vale tanto a pena as horas de estrada e os devaneios do GPS, só assim de descobrem estas paisagens apaziguantes. Parece que me sinto mais leve ao percorrê-las, têm o sabor dos recomeços.



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E o melhor é suficiente

Somos sempre o nosso melhor. Assim que acordamos e pousamos os pés no chão, já somos o nosso melhor. Somos o nosso melhor ao cumprir horários, ao comer frutos vermelhos ao pequeno-almoço, ao descer as escadas e esquecer o elevador. Somos o nosso melhor mesmo no nosso pior. O nosso melhor sobressai sempre em tudo, em todos os que nos rodeiam. Damos o nosso melhor ao perguntar ao amor da nossa vida o que prefere para jantar, ao dar permissão no meio do trânsito, ao comer espinafres numa salada ao almoço. Somos o nosso melhor quando cumprimos os objetivos que nos são propostos e muito melhores quando sorrimos ao fazê-lo. Somos melhores ao conversar em vez de enviar sms, ao dar os bons dias em vez de apenas entrar pela porta. Somos o nosso melhor quando olhamos para a balança, quando pintamos as pestanas com máscara preta, quando escolhemos uma bola de berlim e desprezamos a cenoura descascada no fundo do saco. Somos o nosso melhor quando sonhamos em ser melhores e nunca piores. Quando pensamos na próxima viagem e imaginamos a roupa nova que vamos levar na bagagem. Somos mulheres, somos humanas, somos mães, somos profissionais, somos bloggers, somos donas de casa, somos o melhor sonho que podíamos desejar. Somos tudo dentro de uma pessoa só. Somos milhares de pensamentos em simultâneo, multi-funções, multi-emoções. O nosso melhor, comparado com os obstáculos da vida, com os dias cinzentos, com os nãos que colecionamos pelo caminho, é o melhor que podemos ser. Para nós, o nosso melhor é suficiente. Assim como para quem nos ama, para quem nos sorri, para quem nos vê tornar nas melhores de sempre. E mesmo quando choramos, quando gritamos dentro do carro de vidros fechados, quando olhamos para o nosso reflexo e não somos perfeitas, quando as pernas nos pesam mais que o coração, quando a cabeça se enche de incertezas e a vida de desafios, devemos sussurrar baixinho és o melhor que podias ser. Porque o mundo vive de guerras, de líderes ambiciosos, de inverno e de verão, tal como nós. Somos o líder mas ambicioso do nosso dia-a-dia, tentamos vencer batalhas interiores a cada segundo, temos dias de chuva e frio e outros em que o sol brilha cá dentro. E brilhamos sempre. E, dentro de nós, existe sempre o melhor e o pior. Somos o melhor do pior. Somos o melhor de nós.


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pormenores do ♥

Têm sido dias de muitos quilómetros, muito calor, muitos desafios, muitas reuniões, muitas decisões, muitos emails, muita, muita novidade, tudo a acontecer!

Mas...

Pausa!

No meio de toda esta loucura, pára-se, enche-se o peito de ar, sente-se o restolhar das folhas lá em cima, debaixo da sombra das árvores que crescem indiferentes à azáfama da cidade.

Encontramo-nos com as amigas do ♥ e enchemos os olhos e os sonhos de toques delicados, tecidos suaves, cores românticas.








Há um casamento cada vez mais perto de acontecer, uma prioridade inadiável e que requer atenção e mimo.

E que bom é sorrir ao olhar para estes pormenores e perceber que o dia mais importante da nossa vida obriga-nos a ter tempo para nós e para quem nos ama.

Obrigada S. 
É caso para dizer que o teu presente vai estar junto ao meu coração neste dia tão especial.

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