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Round and around and around and around we go

Não me considero uma boa pessoa. Sempre houve qualquer coisa obscura que me toldava as atitudes e a clareza de decisão que aprendi a aceitar desde cedo. Talvez uma infância demasiado solitária, se necessitarmos de analisar o meu comportamento. Mas sou justa. E também acho que a maior parte das pessoas vive melhor com mentiras pequenas na sua vida. Há coisas que devem ser só nossas. Amores, ódios, vinganças, sonhos. É por isso que sempre procurei quem me ocultasse este lado menos bom, que puxasse por mim de forma positiva, doce e sincera. Mas depois há aquelas atitudes que nos viram do avesso mais uma vez. Que nos fazem tremer as mãos de tanto querer agir impulsivamente. Fases cinzentas, em que nada é certo, em que esperamos o que não vem, e inevitavelmente começamos a desistir. A deixar de acreditar que merecemos coisas boas, a não as querer.

E hoje acordei. E as minhas mãos tremiam.
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