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Fé no amor

Desde pequena que acredito em Deus. Toda a minha família é católica, fui baptizada, fiz a catequese, entrei nos escuteiros aos 8 anos e fiquei até aos 18, a primeira comunhão e toda a simbologia e crescimento na igreja católica. Mas depois passei pela adolescência, pela fase em que ser rebelde é uma afirmação e desde que entrei na Universidade perdi-me um bocadinho. Quando decidimos casar, nem se pôs a hipótese de não o fazer pela igreja e devido a esse compromisso tivemos de participar num CPM. O CPM é um Curso de Preparação para o Matrimónio, de forma a que os casais se preparem o melhor possível para iníciar esta nova etapa da vida. E pensei para comigo vai ser uma chatice, uma seca, uma lavagem cerebral, no que me fui meter, etc. 
E depois de um fim de semana intenso, vim extasiada. Adorei, adorei, adorei. Falou-se de fé, claro está, mas na fé do amor entre duas pessoas, na fé pelo compromisso que vamos assumir um com o outro, na partilha, na comunicação, no facto de ser tão importante sentarmo-nos um com o outro uma vez por mês e falarmos sobre a nossa relação. Falou-se de valores a passar aos nosso filhos, de orçamentos familiares, de tolerância, de crises, de princípios, de amor. Falou-se abertamente de sexualidade, de apimentar a relação, de não cair na rotina. De sermos um para o outro, mas também para os outros. De missões, de voluntariado, de grupos de jovens, de partilhar o que temos com quem não tem.
E viemos com a fé renovada, com vontade de melhorarmos tudo, com iniciativa de ajudar quem mais precisa, de partilhar, de nos aproximar-mos novamente do que fez tanto sentido há alguns anos atrás. Porque começar uma família, a nossa, seja simplesmente a dois, a três, a quatro ou a cinco (como tanto sonho!), requer um compromisso estável. pilares de fé e muita muita tolerância. Trata-se de transmitir os valores mais importantes aos nossos filhos e sermos um núcleo dinâmico.
Se são católicos, se perderam um bocadinho de fé pelo caminho, se querem começar uma vida de amor, não hesitem. Ah, fizemos o nosso CPM no Cupav, na ordem jesuíta. Os melhores de sempre ♥



imagem da querida Sofia, no seu Às 9 no meu blogue
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2 comentários

  1. Oh, gostei muito do testemunho... E essa imagem é realmente uma inspiração :)

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  2. Também fiz todo o percurso até ao Crisma, no entanto não sou praticante assídua. A verdade é que a morte do meu avô fez com que ao longo deste ano tenha ido uma vez por mês à missa, o que já não acontecia há muitos anos.
    Não me devo casar tão cedo mas julgo que por cá ainda não existe CPM. Acredito que sejam um excelente meio de reencontrarmos a fé. :)

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