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Adeus Agosto, Olá Setembro

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 


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É admitir uma doença crónica

É tentar ser perfeita dentro dos teus olhos. É concentrar-me em não correr e andar devagar. Respirar fundo e por um pé à frente do outro. é aceitar que não controlo nada. Que posso tomar decisões, que posso impor limites, mas que nem sempre vejo o que quero concretizado. É crescer. É parar. É perceber e relativizar. é chorar ao por em questão viagens planeadas. é não querer falar sobre isso. É admitir o mais vergonhoso. É não conseguir dormir. É tentar seguir a conversa e dar respostas satisfatórias quando me apetece arrancar uma parte de mim. É ser a tua princesa. Com todos os defeitos que trago às costas. É agarrar neste mundo e no outro e pô-lo às costas para continuares a ser o meu principe. é relativizar com piadas quando nos apetece chorar até adormecer. É ter medo. É perceber que não somos super heróis. Mas que agimos como tal, desde o nascer ao por do sol. 
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No coração de Portugal





































Há as famílias que são nossas. Que entram na nossa vida. Dentro do nosso coração. Que são emprestadas, de sangue ou de coração. Que são perfeitas e fazem sentido e imperfeitas e dão trabalho. Que nos protegem. Que nos trazem momentos felizes. E cada família tem a sua terra de coração. São famílias que nascem da terra, do campo, do esforço de gerações, de sorrisos rebeldes. São famílias nossas. Sem tempo, sem fim, sem princípio. São a nossa família e a nossa terra. Os netos, os filhos, os afilhados, os namorados, os pais, os tios e as recordações. São adn misturado com histórias de sempre. São amuos e festas. São férias e dia-a-dia. São famílias gigantes e pequenas. São imagens na parede da sala e nas molduras da mesa de cabeceira. São sol e chuva e receitas de anos e anos. São o cheiro a infância que sai da panela e invade a casa. São o beijinho de boa noite e as conversas à mesa que nunca mais acabam. São nossas. E são para sempre.
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Heart beat

Aprende-se a dar desculpas. Aprende-se a estudar coisas do dia-a-dia. Onde antes existia descanso e tranquilidade agora há pensamentos. Há escolhas. Há medo. Aprende-se a fugir. Aprende-se a olhar ao espelho e a interiorizar que não somos perfeitos. Aprende-se a guardar segredos. A desistir mesmo quando ainda temos força para lutar. Aprende-se a relativizar e a respirar fundo. A contar até mil. Porque os compromissos de trabalho não são nada quando comparados connosco. Porque a cabeça está cheia de mil coisas que antes não estavam lá e nunca mais vão embora. Aprende-se a viver tudo de cada vez e a não gostar de fazer só porque sim. Aprende-se a olhar para o relógio e a contar os minutos que faltam para nos sentirmos melhor. Aprende-se a ouvir o corpo mesmo quando não queremos. Aprende-se que afinal somos mesmo, mesmo frágeis e que não somos eternos. Que é de aproveitar o bons momentos e não estar sempre a pensar nos piores. Mas principalmente aprende-se a gostar mais de quem gosta de nós. De quem sabe o nosso segredo e continua a olhar para nós no espelho e a ver só as coisas boas. Aprende-se a amar quem nos abraça quando tudo parece ser tão injusto. E é um sentimento que vem de dentro, esse amor que nasce das imperfeições. Porque aprender a gostar de nós vai chegar. Mas demora sempre o seu tempo. Porque um corpo frágil e imperfeito também tem coração. E esse nunca desiste.
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A cantina das freiras e um almoço no Chiado

 
 

 
 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 
 

 
 

 
 

 
 

 
 



Brevemente aqui.
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Cidades natal



Sou apaixonada pelo Natal. Sim, uma paixão desmesurada que me leva a falar dele a meio do Verão. E um dos meus sonhos é conhecer o natal que mora em cada cidade. As luzes, os presentes, o frio que nos obriga a aconchegar o cachecol.
 
Esta será a minha primeira "cidade natal" :)
 
Voo: Check!
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Os monstros do roupeiro

Está escuro. O ar quente da minha respiração contrasta com o frio do quarto. Estou desprotegida e a preocupação não me deixa dormir. Apuro os ouvidos mas não me chega nada. Nenhum som. Estico a mão até ao interruptor mas está tão longe que tenho medo de me aventurar. Sento-me à beira da cama e esfrego os olhos para tentar descortinar alguma coisa no meio do escuro da noite. Nada. Nem daqui, nem do quarto ao lado. Assim que toco com os pés no chão lembro-me daquele filme de terror da televisão em que uma mão sai debaixo da cama e agarra os pés da senhora. Um arrepio percorre-me o corpo todo. Salto para fora da cama e com uma mão à minha frente sem esperar encontrar coisa nenhuma e outra a agarrar com toda a força a minha almofada de dormir aventuro-me até à porta. Rodo a maçaneta devagar, sem barulho, para não acordar os monstros que vivem dentro do roupeiro. Os meus pés quentes dão passos pequeninos, mas os maiores que alguma vês dei sozinha, no chão frio do corredor. Páro em frente à porta. Está entreaberta. Ainda nada. Entro devagarinho, como se fosse uma assombração e chego à beira da cama. É então que os ouço respirar. Aquele som inconfundível da respiração e do sono pesado de quem nos conforta o coração. A minha mão pequenina sente o calor da mão da minha mãe e o meu coração descansa. Tenho cinco anos e arrasto a minha almofada de volta ao meu quarto, à minha cama e ao meu sono. Agora mais pesado por saber que eles estão bem e que os monstros do roupeiro dormem profundamente.
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Férias, férias

 
Aproveitar o sol, o vento que levas as coisas más para longe, os salpicos salgados quando as ondas batem na areia, cheirar as bolas de berlim acabadinhas de fazer, tomar um duche quente e espalhar na pele o creme que me deixa com cheiro a férias na Tailândia. É só fechar os olhos e imaginar-me lá.

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O meu pequeno S.

Ontem a minha família cresceu. Fiz uma promessa, das maiores que qualquer pessoa pode fazer ao assumir um papel na educação, crescimento e estabilidade de uma criança. Ontem fui madrinha de batismo do meu pequeno Santiago. Foi com a mãe do Santiago que ultrapassei as maluquices da adolescência, que ri e chorei as mudanças do corpo e dos amores de uma semana, que bebi as primeiras cervejas e fumei os primeiros cigarros, que fiz noitadas às escondidas dos pais e estudei afincadamente para os exames nacionais. Vivemos tudo na altura certa, com peso e medida e loucuras inerentes ao que se espera dos populares grupos de liceu. Crescemos uma com a outra, levámo-nos ao limite, porque só assim se consegue passar de criança a jovem, traçámos os primeiros vincos de personalidade juntas. E é com um orgulho imenso e o coração cheio que vou fazê-lo com o meu Santiago ( com outra conta e medida, é certo! ).



Fotografia retirada à Pó d'arroz que serve de inspiração aos momentos mais especiais.
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