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Recomeços

É como aquelas músicas que não param de tocar baixinho dentro da nossa cabeça. Se baixamos o volume de som ao mundo conseguimos ouvi-las. Estão sempre lá. Seja no momento em que escovamos os dentes, esperamos que o bolo cresça no calor do forno, fazemos zapping, sentamo-nos na cama em frente ao roupeiro aberto à espera da intuição para o que vestir, esperamos na fila do supermercado para pagar ou acabamos de enviar um email. É nesses momentos que se sente aquele frio no fundo do estômago. Aquela voz baixinha, em jeito de confissão, que nos diz que pode correr mal. Que a decisão está tomada mas não se fica por aí. Que sermos sinceros connosco vale tudo, mas tomar a decisão é o princípio do resto. Há o alívio e a dúvida. A segurança e a indecisão. Como o doce e o salgado num prato gourmet. Não existem uns sem os outros. É preciso ir buscar força para acreditar, para suportar o peso da decisão que ninguém está à espera, de admitir que queremos ser felizes. É tempo de fazer figas e parar para ouvir o coração.

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Frio e um casaco de pêlo


Começam os pedidos de colo e os mimos de inverno.
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Manhãs com chuva

Há felicidade na minha vida. E é tão bom reconhecer o que nos arranca um sorriso imediato aos lábios de um momento para o outro. Aquilo que nos arrepia de ternura, que nos aquece a alma, que nos bombeia o sangue mais quente para o coração, que nos faz sonhar e imaginar um mundo melhor. Há que saber quais são os nossos momentos felizes. Momentos onde somos maiores que os outros. Mais confortáveis, mais seguros, mais leves. Momentos que nos trazem serenidade no meio do caos ou nos provocam a euforia da excitação de coisas boas que se aproximam. Como aquele formigueiro na ponta dos dedos que nos leva a querer apressar o tempo e passar por cima das horas lentas e impávidas ao nosso entusiasmo. Se há coisa que me faz querer levantar da cama de um pulo é saber que tenho uma manhã pela frente de chuva lá fora e revistas novas para ler a acompanhar um pequeno- almoço-até-ao-almoço. E para mim, não há melhor pequeno almoço do que aquele que inclui um galão. Pode ter tudo e mais alguma coisa, mas o galão não pode faltar. Infelizmente o galão até há bem pouco tempo era coisa que não se fazia em casa. Mesmo indo a um café não poderia bebê-lo porque o meu querido organismo iniciou um divórcio litigioso com a lactose há uns anos e a coisa culminou numa procura incansável de leites e produtos lácteos que me fizessem feliz. Mas onde encontrar um café com leite sem lactose? Impensável. Até que, como por milagre, os pacotinhos de galão Nestlé entraram nesta casa. E já não passamos um sem o outro. E isto é paixão à séria.


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Life's too short to wear boring clothes

 
 
A chuva chegou. E com ela os tons de outono dos pés à cabeça. O cabelo caramelo+canela escolhido das novas tintas sem amoníaco, a camisola beringela e as calças rosa velho. Adoro a entrada do frio. As folhas amarelas no chão. A marmelada da avó. O regresso às rotinas indoor e os tons fortes. Mas o que me faz gostar mesmo mesmo do outono e de setembro é que daqui ao Natal é só um pulinho. O Natal, ah o Natal

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Entre este mundo e o outro

Tenho uma amiga do tamanho do mundo. Do tamanho do mundo porque o mundo cabe dentro dos olhos dela. Dos olhos e do coração. E o coração da minha amiga é ainda maior que o mundo. Porque o mundo todo não consegue suportar a coragem e os sonhos dela. A minha amiga do tamanho do mundo tem sonhos que dão a volta ao mundo, sonhos e objetivos e força. A minha amiga é a mais forte do mundo. E os sonhos dela são maiores que nós. Há quem diga que o mundo é pequeno. Para mim, que estou cá e ela está lá, do outro lado do mundo, o mungo é gigante. O mundo tem quilómetros e quilómetros e estradas que nunca mais acabam. A minha amiga é o próprio mundo. Levou o mundo dela às costas para o outro lado do mundo. Luta todos os dias com a força que o mundo lhe dá, constrói mundos pequenos à volta dela para ser feliz. Oferece o mundo a quem se cruza no caminho dela. A minha amiga já viu muito do mundo, mas o mundo ainda viu pouco dela. E todos os dias peço ao mundo para se tornar mais pequeno para ela conseguir guardá-lo, dentro dela, mais rápido. Porque quando o mundo se estreita e estamos juntas outra vez, quando o mundo não nos separa, voltamos sempre a fazer parte do mundo uma da outra.



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Jantares de amigos

Sugestão do Chefe para esta noite

Entradas:

Farinheira da Beira em seus sucos
Triângulos de queijo brie

Prato principal:

Polvinho da Costa em azeite e cebola, acompanhado de batatas noisette e salada verde

Sobremesa:

Chessecake sobre cama de cereais e doce de morangos silvestres

Tudo regado a bom vinho do Douro, colheita 2007.


Adivinha-se um jantar de amigos muito, muito proveitoso!


Imagem do Pinterest.
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Inspiração em pessoa

A Catarina ensinou-me a olhar para a vida de outra forma. Através da lente. Foi com ela que me iniciei nos ISOs, nas aberturas, nas exposições, nos enquadramentos, no tratamento de imagem. Mas mais do que isso foi pelas histórias da Catarina. Pela forma prática e descontraída com que fala da família, que está a crescer, mas ainda não em número suficiente para ela, pela facilidade do sorriso, pela força de vontade e enorme talento. Aos 27 anos a Catarina tem dois filhos, lindos que só eles, outro a caminho, uma marca construída a pulso, um talento GIGANTE e é de uma simplicidade e simpatia extrema. Sempre que olho para as fotografias da C. dá-me uma vontade enorme de começar a minha própria família, de sessões com ela nos jardins maravilhosos, de lhes apresentar os meus bebés, de ver o resultado lindo, lindo, lindo de uma conversa em trabalho e de convidá-la a fotografar o meu casamento.
 
Espero que esse dia não demore muito a chegar.
 
Já conhecem a Catarina?
 
 
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Black is the new black

Na minha pré-adolescência, aquela fase em que tentamos perceber onde nos enquadramos na hierarquia social da escola secundária, resolvi revoltar-me contra as saias, os mocassins e as calças caqui para tentar perceber o meu novo estilo. Ora, claro que o tiro me saiu completamente ao lado, exagerei no estilo e acabei a usar calças da Resina (hum, hum), risco ao meio e olhos pretos e as minhas grandes companheiras durante um ano foram, nada mais nada menos, que as Doc Martens pretas (sim, biqueira de chumbo incluída). Depois percebi que não arranjava namorado, porque hoje reconheço que tinham medo da minha aparência e resolvi mais uma vez fazer uma remodelação ao roupeiro lá de casa e cortar de vez com a minha relação com o preto.
Até baixar os olhos na nova colecção deste Outono/Inverno e ser invadida por uma saudade enorme de usar esta cor que nos traz um risco constante entre parecer sofisticada ou demasiado descontraída.

Acho que vou ter de fazer mais umas actualizações às cores cá de casa.

Espreitem aqui.
 





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Caprichos da alma

Todos temos uma ideia de conforto. Depois de um dia exaustivo e exigente a nível emocional temos de ceder ao capricho do corpo (e da alma) e rodarmo-nos de coisas boas. E com o vento frio e o céu nublado que vieram para ficar hoje ao final do dia, nada melhor do que seguir uma das receitas mais saborosas que roubei à querida S. no seu às 9 no meu blogue. Como não sou grande cozinheira (falta-me a paciência e o talento) há duas coisas que me animam imediatamente o espírito e as papilas gustativas, a sopa e os bolos. E o gozo que me dá ver crescer aquela massa fofinha que perfuma a casa toda. Mas como estamos em modo saudável cá em casa depois de todos os exageros do verão optei por esta receita e por um bom filme. Daqueles levezinhos que dá para rir e passar um bom bocado com vidas tão diferentes, ou demasiado iguais, da nossa. O Casamento do Ano.



 


Fica a sugestão.


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Bem vindo outono,

bem vindo ao rede com peixe.


Obrigada We Blog You pelos freebies!
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Dois anos e meio, quatro viagens e um gato

Há dois anos e meio que somos assim. Eu e a minha paixão por fotografia, tu e o teu tempo de descanso. E o respeito pelo espaço um do outro. A paixão mútua por viagens. Por pisar novas estradas e registar na lente tudo o que o mundo nos mostra de novo. Tu, já muito à frente, com a mão à minha espera, eu, parada, a disparar sem parar, a querer o ângulo perfeito, a registar-te sem saberes, continuamente por esse mundo fora. Um dia vou encher as paredes da nossa casa connosco, quando já tivermos próteses na anca e cabelos brancos. Quando já não conseguir fotografar o teu sorriso por as minhas mãos não deixarem de tremer. Tu, o meu modelo em imagens, no coração, no exemplo, na história que queremos construir. Tu, meu amor.

 
 Bruxelas



Maastricht


Gerês
 

 
 Cabo Espichel
 
 
Costa Vicentina
 
 
Maceira
 

 Itália
 

Tailândia


Parque das Nações
 

 México
 
 
 Amor pequenino
 
 
Casa
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Casas com alma


Há sempre um livro que nos enche as medidas em qualquer estante. Seja um romance, um livro de viagens, um histórico, prático, sobre plantas, sobre culinária, sobre saúde, sobre um amor perdido no tempo, o nosso melhor amigo de quatro patas ou, no meu caso, livros de decoração. Não há nada como estendermos os pés no sofá, alhearmo-nos da realidade e entrar pela porta da frente nas casas de famílias cheias de bom gosto. O "Casas com Alma!" do Ikea, chamou-me imediatamente a atenção pela cor e pelo título. É cheio de inspiração, ideias, famílias que fazem das coisas do dia a dia a mais valia da sua casa, cheias de luz, de cor, de móveis confortáveis, cheias de vida, cheias de citações deliciosas e que fazem todo o sentido quando o que nos faz felizes é viver mais a nossa casa!

Ikea: 9,99 Euros
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Longe da cidade, perto do coração

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 



O meu amor faz-me as melhores surpresas. Aquelas que ficam gravadas em imagens e no coração durante muito, muito tempo. Possivelmente para sempre. Obrigou-me (como se eu fosse estivesse muito contrariada) a fazer a mala de fim-de-semana, a levantar-me com as galinhas no sábado de manhã e deu-me três coordenadas GPS. Andamos por estradas de terra, perdidas no meio deste país que é o mais bonito em que já estive (e tive a sorte de nascer nele), comemos o melhor arroz de tamboril da vida, e chegámos aqui. Longe dos olhares indiscretos das grandes cidades, como gostamos, longe das preocupações que o dia-a-dia faz questão de nos trazer, longe das desavenças, do cansaço. Um sítio cheio de mimos, cheio de imagens para encher a máquina fotográfica, cheio de bem-estar, de livros de decoração que queria trazer para casa, cheio de sonhos e silêncio, cheio de promessas para o nosso futuro, que tem de ser cheio de nós os dois.
 Em S. Teotónio, a Cerca do Sul.
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Pela costa Alentejana

Descobrimos a melhor praia de Portugal, sem meios termos, é a mais deliciosa mais selvagem, mais tudo. Quase deserta, com acessos muito duvidosos, com uma luz própria que me elevou o estado de espírito. É a praia do Malhão. É a nossa praia. E vou querer lá voltar sempre.

 
 

 
 

 
 

 
 


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