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We should go

Parece-me sempre que não tenho tempo. Que quero alcançar tudo e depressa. Que o futuro devia estar já aqui porque posso não lhe conseguir chegar. Penso muito no tempo que desperdiço com coisas sem sentido nenhum, chatices, pormenores insignificantes que nos roubam tempo, tiram o sono, deixam-nos de mal com a vida. Ter mais tempo para mim, não implicou necessariamente ter mais tempo para os outros, mas sim ter mais tempo para pensar no que levamos da vida. O que queremos de facto fazer? O que é realmente importante para nós? O que gostaríamos de ter feito? De ter vivido? Aos vinte e oito anos podem dizer-me que conheço muito pouco do mundo, da vida, das rotinas da idade adulta. Aos vinte e oito anos posso dizer-vos que talvez pense mais nisto do que quem tem sessenta e uma vida inteira para trás. Quero muito continuar a lembrar-me do que é a minha felicidade, o que devo deixar para trás, quem não quero levar no meu caminho. Tenho cada vez mais presente nos meus dias esta filosofia. Pessoas que me trazem coisas más, mesquinhas, fracas de cabeça, que passam pela vida sem se aperceberem do chão que pisam, discussões sem sentido, ceder ao que nos faz bem ao corpo e à alma, não como castigo, mas como recompensa. Devemos recompensar-nos pelo bem que nos queremos, pelo bem que nos querem. Devemos aproveitar todos os segundos, minutos, horas e dias que temos para fazer o que nos faz felizes, sempre que possível. E, quando recebo estes presentes em casa, de quem nos ouve e quer bem, o que devemos fazer com eles? 






A minha filosofia de vida sabe responder a isso...

Devemos ir.








[Fotos da Alina, no Call me Cupcake.]
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